Adeptos do sincretismo utilizam a Bíblia e o Alcorão.
“Chrislam, como o nome sugere, é um
movimento crescente em que alguns cristãos estão tentando encontrar um
terreno comum com os muçulmanos”, explica o teólogo Bill Muehlenberg.
O sincretismo religioso foi fundado na
Nigéria em 1980, por um homem chamado Tela Tella. Segundo ele, um anjo
de Deus veio até ele e incumbiu-lhe da missão.
O ‘Chrislam’ ganhou um impulso
significativo, uma vez que a semente foi plantada há quase três décadas.
No início deste ano as comunidades cristãs em Dallas, Chicago,
Washington DC, e em outras cidades, Alcorões foram colocados ao lado das
Bíblias, no banco as igrejas, e houve pregações pregou sobre o profeta
Maomé.
Os ‘chrislamistas’ possuem algumas
semelhanças que os une, como por exemplo, o monoteismo – adoração a uma
só divindade. Os cristãos, a Deus, e os islamitas, a Alá.
O adeptos do ‘Chrislam’ defendem pontos
comuns, como por exemplo, a menção a Jesus no Alcorão, feita 25 vezes,
bem como os ensinamentos congruentes sobre moral e ética. Ao identificar
esses supostos paralelos, os proponentes acreditam que estão desenhando
uma espada espiritual contra o ateísmo e o politeísmo, resolvendo
assim, um conflito mortal no Ocidente.
Vários cristãos estão rejeitando o
movimento. Tim Forsthoff, pastor sênior da Igreja Cornerstone em
Highland, Michigan, é um dos muitos a falar contra ele. ”Nós não somos
irmãos daqueles que rejeitam a Cristo. Nós não somos parte da família de
Deus com aqueles que negam a morte e ressurreição de Jesus Cristo”,
ressalta.
Paul L. Williams, um jornalista,
escritor e professor, culpa o ideal do multiculturalismo para a
disseminação bem sucedida do ‘Chrislam’. Para ele, a maioria dos
cristãos acha que o multiculturalismo e diversidade são as melhores
coisas para os EUA. Em alguns púlpitos americanos de hoje, falar-se
contra a diversidade é um pecado, ressalta Paul.
“As pessoas têm sido levados a acreditar
que todas as culturas são iguais, que todas as religiões são iguais. O
primeiro erro é abraçar as diferentes culturas “, disse Paul
Williams. ”[Muçulmanos] estão entrando e convertendo os cristãos”,
enfatizou.
Fora
dos EUA, o movimento também tem procurado avançar. Em junho deste ano
cartazes surgiram em Sidney, Austrália, carregando o slogan “Jesus: um
profeta do Islã. A campanha publicitária foi conduzida pelo grupo
islâmico “MyPeace”, que defende a inter-relação entre cristãos e
muçulmanos.
O grupo alegou que o objetivo não era
ofender os cristãos, mas mostrá-los que os seguidores do Islã também
seguem os ensinos de Jesus.
Recentemente o pastor Rick Warren, autor
do livro ‘Igreja com Propósitos’, foi acusado de ter ligações com este
movimento nos EUA, mas por meio de seu perfil no Twitter ele afirmou
que os boatos eram falsos.
“Só um tolo crê em tudo o que ouve”, enfatizou ele, citando Provérbios 14:15.
No Líbano, uma frase escrita no site do Comitê de Diálogo Nacional Islâmico-Cristão sintetiza a filosofia do movimento:
“Nós somos irmãos, somos uma família de
Deus. Nenhum de nós é melhor do que o outro em seus olhos. Ele nos ama
tanto. O futuro só pode ser ganho contra o mal por todos nós em pé,
fortes e juntos. “
Com informações de Charisma News, Christian Post e Portal Padom, traduzido e adaptado por Fonte:HolofoteNet
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