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sexta-feira, 22 de março de 2013

Governo pode cassar “pastores falsos”


Governo pode cassar “pastores falsos”Governo pode cassar "pastores falsos"
Willy Mutunga, um ex-executivo que hoje comanda o Supremo Tribunal do Quênia, já fez propostas polêmicas. Logo que assumiu, queria que todos os julgamentos importantes do país fossem transmitidos pela televisão.
Mas agora ele agora está pisando em terreno perigoso. Mutunga propôs que os pastores do Quênia sofram um tipo de análise por parte dos tribunais, na tentativa de eliminar os “falsos profetas”.
Escândalos envolvendo pastores “problemáticos” não é algo novo no Quênia. Relatos de curas divinas “duvidosas” e comportamento questionável são até comum entre os líderes religiosos do país, observa Mwenda Njoka, fundador do Centro Africano de Jornalismo Investigativo.
O que mudou é o nível de conscientização do público. Por exemplo, recentemente um programa de TVteve grande audiência ao mostrar o caso de Michael Njoroge, pastor do Fire Ministries. Ele estaria pagando prostitutas para darem falsos testemunhos sobre milagres. O pastor negou as acusações.
Também está em discussão no país um serviço pioneiro de transferência financeira pelo celular, chamado M-Pesa. Originalmente, o alvo era tornar os serviços bancários acessíveis para africanos pobres da zona rural. Contudo, tornou-se uma verdadeira febre entre os televangelistas. Os pastores surgem na TV divulgando um número de telefone celular e pede que as pessoas que buscam por um milagre enviem dinheiro simplesmente digitando um código por mensagem de texto. As somas arrecadadas tornam-se mais difíceis de serem rastreadas dessa maneira.
Até o momento, a proposta radical de Mutunga tem dividido os quenianos. Paul Muasya, líder da Igreja Adventista do Sétimo Dia, declarou seu apoio total. ”Nós acreditamos que ele vai garantir que apenas os que são chamados a anunciar a palavra do Senhor farão isso, e não as pessoas que desejam transformar a igreja em um negócio”.
Philip Kitoto, um influente pastor e autor ligado às Assembleias de Deus, discorda. Ele acredita que as igreja tem mecanismos para agir como órgão fiscalizador. ”Por mais que o chamado de Deus em uma pessoa seja fundamental, Deus exige… integridade”, disse ele. “Como ministros, não devemos temer a prestação de contas pública”.
Um dos maiores opositores é Joseph Methu, presidente da Federação de Igrejas Evangélicas do Quênia. ”A vocação é uma questão da Igreja de Cristo. Nós não estamos debaixo de nenhum dos três poderes do governo”.
O pesquisador John Nyakwar Odande pensa que os tribunais precisando emitir uma habilitação para pastores é uma questão complexa. ”No momento que uma equipe de analistas chegar até uma igreja e dizer que aquele pastor é falso, quem vai acreditar? Os quenianos são  muito ligados aos seus pastores. Acho que é um esforço inútil”. 
Com informações Christianity Today.

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